segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Patti Smith "People Have the Power"

Conhecida por combinar o rock e a poesia, a aclamada Patti Smith tornou-se um dos nomes mais influentes do rock feminino e uma importante referência para o início do movimento punk. A cantora tornou-se, incontornavelmente, um ícone para as gerações subsequentes do rock.
Patrícia Lee Smith nasceu em Chicago, no dia 30 de Dezembro de 1946. Era uma apaixonada pela poesia, principalmente pelas obras do francês Arthur Rimbaud e pela música, com destaque para bandas como os Rolling Stones, The Doors, James Brown e particularmente Bob Dylan.
Em 1967 muda-se para Nova Yorke e conhece o fotógrafo Robert Mapplethorpe, quando trabalhava numa livraria. Mantiveram um relacionamento durante algum tempo, tendo ficado depois grandes amigos até à morte de Mapplethorpe em 1989, devido à Sida.
Durante o inicio da década de 70, Smith pintava, escrevia poemas e fazia recitais, no St. Marks Poetry Project. Em 1971 chegou a actuar pela primeira vez na peça Cowboy Mouth, em colaboração com o argumentista e actor Sam Shepard. Smith também sustentava a sua carreira publicando artigos sobre rock, sobretudo na revista Cream. Durante essa época conhece o guitarrista Lenny Kaye - tendo ambos as mesmas preferências musicais e mais tarde conhece o resto da banda - Ivan Kral (guitarrista), Jay Dee Daugherty (bateria) e Richard Sohl (piano). O seu ex-namorado, Robert Mapplethorpe, financia a gravação do primeiro single da banda - Piss Factory/Hey Joe em 1974.

A banda atraiu a atenção do presidente Clive Davis e da Arista Records, e foi-lhes oferecido um contracto para gravarem o seu primeiro álbum. Smith entra então em estúdio com o ex-Velvet Underground - John Cale como produtor. No final de 1975 lança então o seu álbum de estreia “Horses”, que foi recebido com grande entusiasmo pela maioria dos críticos e público. Considerado o melhor álbum de Smith e um dos mais importantes para o inicio do movimento punk.
Em 1976 foi editado o segundo álbum intitulado “Radio Ethiopia”, mas pelo nome de Patti Smith Group. Em 77 num concerto, fragmentou duas vértebras do pescoço que a levou a interromper durante alguns meses a sua carreira musical. Durante esse momento escreveu o livro de poesia intitulado “Babel”.

Regressa aos estúdios em 1978 e grava o brilhante álbum “Easter” que conta com a colaboração de Bruce Springsteen na música “Because the Night”, que obteve um enorme sucesso.
Em 1979 regressa com o álbum muito mais maduro - “Wave”, que não chegou alcançar o êxito de “Easter”. Foi nessa altura que Smith assume o namoro com o guitarrista dos MC5, Fred “Sonic” Smith, com quem casou em 1980. Na verdade as músicas “Dancing Barefoot” e “Frederick” - ambas de “Wave” - foram dedicadas a Fred. Depois do casamento, a artista faz uma pausa na sua carreira musical dedicando-se simplesmente à família, tendo seguidamente dois filhos.

Em 1988, regressa com “Dream of Life”, onde todas as músicas são da sua autoria e de Fred, que também tocava guitarra no álbum. Após a edição do disco, Patti Smith volta a fazer uma pausa, dedicando-se apenas à poesia.
Num curto espaço de tempo, Smith perde duas pessoas que lhe são muito próximas: Robert Mapplethorpe (o também responsável pela foto da capa “Horses”), em 1989 e no ano seguinte o pianista Richard Sohl.
A tragédia continuava em 1994 quando o seu marido Fred e o seu irmão Todd morrem ambos de paragem cardíaca num espaço de um mês. Angustiada, teve de receber ajuda psiquiátrica.
Como forma de terapia voltou a reunir a sua banda - Kaye, Daugherty, o novo baixista Tony Shanahan. Em 1996 edita o álbum “Gone Again” que conta como convidados - Tom Verlaine, John Cale, e Jeff Buckley. O resultado, foi um trabalho muito bem aceite pela crítica.
Em 1997 está de regresso com “Peace and Noise”, que ganhou um Grammy com a música “1959”.
Regressa em 2000 com uma sonoridade mais agressiva – “Gung Ho” e em 2004 com “Trappin’”.
Em 2007 o seu nome foi colocado no Rock and Roll Hall of Fame, ao lado de nomes como Van Halen, The Ronettes, Grandmaster Flash & The Furious Five e REM. Nesse mesmo ano, edita um álbum de covers intitulado “Twelve”.

Mostro então do álbum "Dream of Life" de 1988, o clássico "People Have the Power".

2 comentários:

Jorge Costa disse...

Uma grande senhora da música.
Um bom ano!

Spark disse...

Igualmente Jorge. :)

Um grande abraço.