Tratava-se de dois pequenotes de Bruxelas - revisão ficcionada da própria infância de Hergé - juntos pela amizade, pela vontade de experimentar coisas novas e pela especial queda para provocar pequenos desastres.
A estreia ocorreu no "Le petit vingtiéme" de 23 de Janeiro de 1930, pouco mais de um ano depois de Tintin, e as diferenças entre as duas criações eram significativas. Enquanto o repórter viria a ter longas aventuras, viagens, exotismo, justiça e ordem, Quick e Flupke não saíram da sua Bruxelas natal e viviam um quotidiano igual ao dos outros miúdos, mas as suas partidas provocavam o caos e desesperavam o Guarda 15, vítima recorrente das diabruras em duas pranchas.
O humor em Quick e Flupke, mais tarde decalcado em Tintin para os "gags" com Haddock ou Tournesol, raia muitas vezes o "nonsense", pode ter conteúdos sociais ou politizados (como quando satirizam Hitler e Mussolini), representa-os como diabos (literalmente) e levava-os mesmo a chocar com os limites físicos das vinhetas ou a interagir com o desenhador. E se o traço é o mesmo de Tintin, sente-se uma maior liberdade criativa e o privilegiar da eficácia estética e narrativa.
Com cerca de 250 pranchas publicadas (de forma irregular) durante uma década, Quick e Flupke tiveram nova vida nos anos 80, em versão animada e em álbuns redesenhados e coloridos pelos Estúdios Hergé, a partir das histórias originais.
Esta edição foi lançada em Portugal pela Verbo, com os heróis rebaptizados como Quim e Filipe.”
Por: F. Cleto e Pina (Jornal de Notícias)
Fiquem também com alguns dos melhores momentos desta dupla, da série de animação.
2 comentários:
Quando vi a imagem 'vi' logo os traços do Tintin. :)
Mas afinal não é.. :)
Volto mais tarde para ver a animação. :) **
Liliana, quando vimos a banda desenhada de Quick e Flupke, é fácil associarmos a uma obra do Hergé. O traço é praticamente o mesmo do TinTin. Por isso é normal teres te enganado. :)
Por acaso gosto imenso desta dupla, mesmo n sendo um grande fã de Hergé.
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