segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ministry “N.W.O.” (New World Order)

Projecto fundado por Al Jourgensen (Hipo Luxa) em 1981, os Ministry apresentam uma sonoridade que vai desde o rock ao metal industrial, ultrapassando todos os conceitos da música electrónica que se ouvia nesse período. Mas antes disso, Jourgensen juntava-se a Frankie Nardiello (My Life With the Thrill Kill Kult), e formam os Special Affect, originando o LP da banda sonora do filme – Too Much Soft Living. Em 1981, Jourgensen e Stephen George, formam então os Ministry em Chicago, lançando em 83 o 1º trabalho intitulado “With Sympathy”, sendo o som original desse disco o synthpop. Já sem Stephen George e super insatisfeito com “With Sympathy”, Jourgensen lança em 86 “Twitch”, afastando o som mais pop e inserindo agora a sonoridade mais agressiva do EBM. Nesta altura forma também os Revolting Cocks ao lado de Richard 23 (Front 242) e de Luc Van Acker. Durante a digressão ao lado dos Front 242, Al conhece Paul Barker, que se junta a este e lançam aquele que seria o início da fase mais agressiva da banda. Para além de Paul Barker como membro principal, “The Land of Rape and Honey” (1988), conta também com a participação de William Rieflin e de Chris Connelly.
Seguindo o mesmo alinhamento do álbum anterior, mas muito mais pesado, editam o esplendoroso “The Mind is a Terrible Thing to Taste” que teve uma aceitação muito positiva perante a crítica. Os singles "Thieves" e “Burning Inside” foram os principais responsáveis por esse sucesso. Foi também nesta altura que Jourgensen mete-se noutros projectos como os Lard ao lado de Jello Biafra (Dead kennedys), os Pailhead ao lado de Ian MacKaye (Minor Threat e Fugazi), os PTP ao lado de Nivek Ogre (Skinny Puppy), os Acid Horses, os 1000 Homo DJs e ainda participa no projecto de Paul BarkerLead Into Gold.
Em 92 regressam com “Psalm 69” (ΚΕΦΑΛΗΞΘ), o álbum mais bem conseguido e aquele que viria a ser o clássico da banda. “Jesus Built My Hotrod” que conta com a participação de Gibby Haynes dos Butthole Surfers, “Just One Fix” e “N.W.O.”, são 3 dos singles a destacar neste disco.
Já em 96, devido a alguma decadência da banda e da falta de tempo, devido a inúmeros projectos de Jourgensen e Barker, “Filth Pig” foi considerado um registo pouco criativo e fraco. Seguiu-se em 99 “Dark Side of the Spoon”, que também não obteve grande sucesso, ainda assim, o single ”Bad Blood” foi escolhido para incorporar na banda sonora do 1º filme da trilogia “Matrix”e ainda foi nomeado ao Grammy. A digressão deste disco fez com que a banda passasse por Portugal pela 1ª e única vez no Festival T99, ao qual aproveitei essa oportunidade para os ver.
É lançado em 2003, “Animositisonmina”, um álbum mais agressivo do que os dois anteriores, e é também o último em que Paul Barker participa.

Em 2004 é editado “Houses of the Molé”, o 1º da trilogia Anti-Bush, e o renascimento da banda desde “Psalm 69”, com o regresso acelerado da bateria, guitarras pesadíssimas e uso excessivo dos sintetizadores e samplers. Em 2006 contínua a crítica ao governo de George W. Bush, com “Rio Grande Blood”, e por fim, em 2007 “The Last Sucker”, um dos melhores registos da banda. Al Jourgensen anuncia em 2006 o fim dos Ministry, com uma tournée mundial intitulada C-U-La Tour. O músico continua trabalhar como produtor e gere a sua própria editora - 13th Planet Records.
Os Ministry continuam a ser uma enorme influência para inúmeras bandas, que digam os Nine Inch Nails, Rob Zombie, Fear Factory, Psychopomps, Rammstein ou os Nailbomb.

Fica aqui o vídeo “N.W.O.” (New World Order), do álbum “Psalm 69”.

3 comentários:

Luis Baptista disse...

Ministry, grande banda, gosto mais dos tempos iniciais e de Al nos Revolting Cocks, mas não lhes tiro o mérito, gostei do periodo mais Indus, depois metalizaram-se um pouco e eu odeio Metal...

Poppe1 disse...

Belo texto.
O Psalm 69 marcou um período cá por casa, e ainda hoje soa bem.
Um abraço

Spark disse...

Obrigado ;)

"Psalm 69" é sem dúvida excelente, mesmo que o "The Mind is a Terrible Thing to Taste" seja assim o meu favorito. Os Ministry sempre foram uma banda de referência para mim desde mto cedo, por isso aqui o meu tributo.

Abraço