Já me tinham surpreendido com o álbum de estreia, “Dust on Common” (2009), atestado de ambientes electrónicos e indústrias, num alinhamento mais experimental, inspirados no synthpop mais progressivo dos finais dos anos 70, como os Kraftwerk, Throbbing Gristle, The Normal, ou John Foxx.
O desvinculo dos Led Er Est da Wierd Records para Sacred Bones, não veio alterar exactamente nada na sonoridade, mas sim no seu atributo, descobrindo-se um álbum mais maturo e maleável.
Podemos renomear “The Diver” como um disco cinematográfico, numa atmosfera muito a John Carpenter, com ambientes a erguer-se na escuridão, melodramático, onde todo o suspense nos absorve do inicio ao fim, quase sem nos deixar respirar. Toda a incerteza que aí vem, com ambientes dramáticos, intensos… É difícil desenvolver, porque nem toda gente sente da mesma forma.
“Animal Smear” deixa-nos mesmo sem fôlego, numa velocidade dominadora, atestada por uma voz destorcida. O ambiente muda, e “Housefire at Zumi’s” leva-nos a um ambiente mais calmo e sombrio, destacando-se apenas as melodias electrónicas. “Kaiyo Maru” é como mergulhar numa trilha sonora dominada pelo gótico, mas “The Diver” apresenta elementos electrónicos bem interessantes, onda a voz consegue evocar impecavelmente ao encanto de toda a música.
“Agua Fuerte” faz-nos recordar todo o ambiente enevoado e triste da música de Zola Jesus, e a instrumental “Arab Tide”, excelente banda sonora, e com pontos interessantes para uma aventura. “Iron the Mandala” oferece-nos um lado mais romântico, harmonioso, e “
Um disco curioso a não perder de vista!
Tracklist:
01. Animal Smear
02. Housefire at Zumi’
03. Kaiyo Maru
04. The Diver
05. Bladiator
06. Agua Fuerte
07. Arab Tide
08. Divided Parallel
09. Iron the Mandala
10.
11. Sanetta
Led Er Est
“The Diver” (Sacred Bones Records) – 7,5/10
“Kaiyo Maru” um dos temas de grande destaque neste a álbum,
que aqui o deixo para audição.
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