Formados em Ann Arbor, Michigan, Estados Unidos, por Iggy Pop (James Newell Osterberg), os irmãos, Ron e Scott Asheton, e Dave Alexander, os The Stooges eram classificados com uma sonoridade entre o protopunk e o rock de garagem. Após Iggy ter permanecido em bandas como os The Iguanas e os The Prime Movers como baterista, resolveu mais tarde formar os The Stooges, sendo a primeira actuação ao vivo da banda na universidade de Michigan. Devido à performance de Iggy em palco, numa conduta completamente frenética e totalmente primitiva, ganhando aí imensa reputação. Em 1968, Danny Fields da Elektra Records, encontrava-se em Detroit a ver um espectáculo ao vivo dos MC5, acabando também de assistir aos dos The Stooges, gostando imenso. Devido a esse evento, Fields, resolve fazer um contracto com a banda para a gravação de três álbuns. O primeiro saiu em agosto de 69, “The Stooges”, não sendo muito bem recebido perante a crítica e publico. Os primeiros singles, “I Wanna Be Your Dog” e “1969”, apenas colocaram o álbum na 106ª posição na Billboard. Com a ajuda de John Cale na produção, talvez por isso o realce das guitarras mais sujas e destorcidas de Ron Asheton, também outros temas destacavam-se neste excelente disco, como “No Fun” e “Ann”.
No ano seguinte – 1970 – foi editado o segundo trabalho dos The Stooges – “Fun House” – que contava com participação do saxofonista Steve Mackay, que conduzia a um registo com ambientes de jazz, mas de uma energia maníaca, não conquistando mais uma vez o público, mesmo contendo extraordinários singles como “T.V. Eye”, “Loose” e “1970”. Depois desse insucesso, a Elektra Records determina a não arriscar num terceiro álbum, rescendido o contracto com a banda. Em 1971, Iggy tentava livrar-se da droga e conhece David Bowie, na altura em que lançava “Ziggy Stardust”. Bowie tornando-se grande amigo de Iggy Pop, leva este e James Williamson para Inglaterra e resolve ajudar banda, conseguindo um contracto com a Columbia Records. Foi então a oportunidade de a banda regressar aos discos, novamente com a participação de Ron e Scott Asheton. “Raw Power” é então lançado em 1973, assino por Iggy and The Stooges, contendo os singles “Search and Destroy” e “Gimme Danger”, sendo recebido melhor que os anteriores. Mesmo assim não foi o suficiente para aguentar a banda junta por muito mais tempo, terminado no ano de 1974.
Iggy Pop junta-se como músico ao lado de David Bowie, seguindo depois por uma carreira a solo em 1976, sendo “Idiot” e “Lust for Life”, ambos de 1977, os seus primeiros e aclamados discos. James Williamson ainda se junta as Iggy para liberar o álbum “Kill City”, enquanto aos irmãos Asheton seguem por outros projectos musicais.
É importante ainda aqui referenciar outros magníficos discos de Iggy Pop a solo, como “Blah Blah Blah” (1986), “Brick by Brick” (1990), “American Caesar” (1993), e num registo bem diferente, dentro do jazz o “Préliminaires” (2009).
Em 2003 é o regresso anunciado de Iggy and The Stooges ao activo, apenas com um novo integrante Mike Watt no lugar de Dave Alexander, músico que viria a morrer em meados dos anos 70, com um edema pulmonar. Após inúmeros concertos, é lançado em 2007 um novo álbum, “The Weirdness”, pela Virgin, estando na sua produção Steve Albini.
Em 2009 é anunciada a morte de Ron Asheton devido a um enfarte, mas Iggy continua a querer manter o legado vivo, com concertos e ainda com um possível disco de originais.
Iggy Pop continua ser um divulgador e uma das maiores referências do punk e do rock, influenciando inúmeras bandas e músicos, Ramones, Sex Pistols, Black Flag, Sonic Youth, Red Hot Cilli Peppers, Joy Division, Alien Sex Fiend, e entre outros.
Em 2010, os The Stooges ainda tiveram direito a estar no passeio do Rock and Roll Hall of Fame.
Para recordar “I Wanna Be Your Dog".
E ainda “T.V. Eye”.
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