segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

The Soft Moon “Zeros”

 
Após o intenso álbum de estreia – “Soft Moon” de 2010 – o multi-instrumentista Luis Vasquez ingressa de novo a uma viagem sonora solitária, criando mais uma vez um ambiente sombrio ao redor das suas músicas, mas coberto de sentimentos distintos.
A sonoridade minimalista dos Soft Moon é definida pelo post-punk, desenvolvida por outras vertentes como o darkwave, synthpop, industrial ou o krautrock.
Zeros” chega a ser estranhamente atraente, concentrado de criatividade com reflexos fantasmagóricos, óptimo para uma banda-sonora de um filme de John Carpenter. Na maioria instrumental, ocorre por vezes a voz de Vasquez a parecer sussurrar e noutros momentos ecoando, embebido numa sonoridade tempestuosa e evolvente de nos transportar para um universo absolutamente alucinante.
A apresentação inicial é feita com o sinistro “It Ends”, passando de imediato para “Machines”, num cenário agitado de ritmos rodeado de gritos bem distantes. A densa e sombreada “Insides” a reviver os The Cure, sermos apenas baralhados pela voz solitária de Vasquez. A indestrutível “Remember The Future”, misteriosa e sedutora “Die Life”, ou a tribal “Want”, faz reconhecer que “Zeros” se trata de um álbum tremendo.

 Tracklist:

01 “It Ends”
02 “Machines”
03 “Zeros”
04 “Insides”
05 “Remember The Future”
06 “Crush”
07 “Die Life”
08 “Lost Years”
09 “Want”
10 “ƨbnƎ ƚI”
The Soft Moon “Zeros” (Captured Records) – 7,5/10

Baseado no filme “Mechanical Principles” (1930), de Ralph Steiner, foi elaborado o vídeo “Machines”, um dos melhores temas de “Zeros”.

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