segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

John Cooper Clarke “Snap, Crackle And Bop”


"Fuckin' around, is a social disease." John Cooper Clarke

Um disco em que as palavras evidenciam-se mais do que a música, sentindo-se especialmente a poesia.
O britânico John Cooper Clarke apareceu no florescimento do punk, nos finais dos anos 70. Apaixonado pela poesia e com o movimento punk a começar a ganhar força, Clarke começou a recitar os seus poemas em alguns clubes de Manchester, aliciando imenso o público mais focado para a cena punk, pela sua poesia rápida, inteligente e bem-humorada. Rotulado por “O Poeta Punk”, lança em 1978 o seu primeiro registo - Disguise in Love – inaugurando seguidamente alguns espectáculos de bandas como os The Fall, The Buzzcocks, The Clash, Sex Pistols e Joy Division.
Definitivamente “Snap, Crackle And Bop” (1980), é o seu álbum mais aplaudido, iluminando e impulsionando ao punk algo discrepante. Assim como aconteceu com “Disguise in Love”, os The Invisible Girls voltam a apoiar John Cooper Clarke musicalmente e também na produção, por Martin Hannett. A música ajusta-se impecavelmente com o desempenho poético, estimulando Clarke a uma abordagem mais musical, chegando perigosamente perto de cantar em alguns momentos, como por exemplo em "Conditional Discharge” ou em "Thirty Six Hours".
O disco presenteia excelentes momentos, tais como "Conditional Discharge”, “23rd”, "Thirty Six Hours", "The It Man" ou “Evidently Chickentown", este último um dos maiores clássicos, recitando frases como: “The bloody drains are bloody fucked”, “stuck in fucking chicken town”.
E assim John Cooper Clarke conseguiu poetizar o punk.

John Cooper Clarke “Snap, Crackle And Bop” (CBS_1980)

E é com “Evidently Chickentown", que aqui promovo este excelente disco.

Sem comentários: