Shannon Funchess e Bruno Coviello, são os Light Asylum, que no dia 1 de Maio lançaram o seu primeiro registo de longa duração.
“Light Asylum” chega a retrair-se um pouco, após um EP – In Tension – que deslumbrou logo nas primeiras audições, num projecto que avizinhava-se promissor, com camadas de um synthpop bem sedutor e delirante, e principalmente, com a voz (e o carisma) de Funchess a evidenciar-se literalmente, lembrando a façanha cativante de Grace Jones. Muito aqui falei dos norte-americanos Light Asylum, inteiramente uma das minhas principais apostas para este ano, com alusões óbvias aos anos 80, a partir de uns sintetizadores bem infalíveis com algum impacto do EBM, e abraçando por completo o darkwave.
"Amar todas as pessoas que desprezas", é a mensagem de “Hour Fortress”, música um pouco dissonante, com uns sintetizadores bem desinquietos. A agressividade vai ocorrendo com “Pope Will Roll”, mas é “IPC”, num ambiente mais industrial, um dos singles triunfantes deste registo, numa sonoridade abrasiva e desinquieta, absolutamente sedutora. A partir daqui o álbum vai desacelerando, com Funchess a debilitar mais a voz em “Heart Of Dust”, tornando-se sonhadora e menos agressiva. A densa e hipnótica “Sins Of The Flesh”, com os vocais mais fortes, mas num registo mais tranquilo, o mesmo podemos dizer de “Angel Tongue”. O primeiro single “Shallow Tears”, continua a seguir por caminhos preguiçosos, mas que nos vislumbra, intensamente. A mudança de humor com “At Will”, outra música de enorme destaque. Galgando para extraordinária “A Certain Person”, um dos singles também residentes no EP “In Tension”, fecha a sequência inesperada de baladas.
Sim, faltou um pouco de combustível neste álbum, mas que mesmo assim não perco a confiança neste interessante grupo de Brooklyn.
Tracklist:
1. Hour Fortress
2. Pope Will Roll
3. IPC
4. Heart Of Dust
5. Sins Of The Flesh
6. Angel Tongue
7. Shallow Tears
8. At Will
9. End Of Days
10. A Certain Person
Light Asylum “Light Asylum” (Mexican Summer) – 7/10
Fica aqui apenas para audição, “IPC” é uma das músicas mais pujantes do álbum e uma das minhas favoritas.
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