Influenciado na altura pelo punk, Albini trabalhava numa rádio local onde colocava música, apostando mais tarde em comprar um Roland TR-606 Drum Machine, começando a tocar em universidades e a compor as suas próprias músicas. Com grande dificuldade em encontrar músicos que o cativassem, comprou uma guitarra eléctrica começando a gravar algumas músicas durante o verão de 1981, manipulando a guitarra, o baixo e a sua voz, com a ajuda de Roland TR-606 para a bateria. O EP “Lungs” seria o seu primeiro trabalho lançado em 82, contendo seis músicas, reeditado depois em 92. Era então que Albini formava os Big Black, afirmando que o titulo vinha do conceito do grande, do sinistro, do escuro, algo que todas as crianças tinham medo. Influenciado por bandas como os Suicide, Iggy Pop, Cabaret Voltaire, Killing Joke e os The Cure, Albini consegue acertar com o primeiro e novo membro para a banda, o guitarrista Lyle Preslar (Minor Threat), que rapidamente achou-o bastante incompatível com a sua música. “Lungs” passa pelas mãos de John Babbin, que é lançado apenas 1.500 cópias pela Ruthless Records nos finais de 82.
Em 83, Albini conhece o vocalista dos Naked Raygun, Jeff Pezzati, ao qual foi seduzido para se integrar nos Big Black como baixista. Junta-se ainda ao grupo, o guitarrista Santiago Durango, também dos Naked Raygun, com imensa capacidade de trabalhar nos arranjos e ajustes das músicas, ajudando imenso a refinar as ideias de Albini.
É lançado em 83 mais um EP, “The Bulldozer”, que continha a participação de Pat Byrne (Urge Overkill), na bateria. Este lançamento começou a ganhar popularidade, sobretudo em Chicago, tentando aventurar-se por outras cidades norte-americanas, com concertos mais intimistas. A sonoridade agressiva e ruidosa, não seduziu muito o público que nessa altura estava muita atenta ao punk, e as mensagens satirizando o racismo, o sexismo, o machismo, e todos estereótipos da homossexualidade, também não ajudou muito, levando algumas pessoas a denominarem-no de fanático. Mesmo essas análises mais negativas sobre a banda e mantendo sempre os seus princípios firmes, assinam um novo contracto com a Homestead, lançando em 84 o EP “Racer-X”, que após a sua gravação, Pezzati resolve sair amigavelmente, devido ao trabalho cada vez mais exigente da banda. Dave Riley substitui Pezzati e começam a trabalhar no primeiro trabalho de longa duração, que viria a ser editado em 86. “Atomizer” um álbum poderoso, explicitamente misantrópico e muito bem-sucedido, onde mais uma vez continha temas bem controversos, tais como a pedofilia na musica “Jordan, Minnesota”, piromania, o suicídio em "Kerosene", racismo em "Passing Complexion” e o alcoolismo.
Em 87 a banda assina pela Touch and Go, e lança o EP “Headache” não sendo muito bem recebido pela própria banda, devido alguns desentendimentos e também de algum desgaste. Foi então decidido o fim da banda, mas antes ainda gravaram “Songs About Fucking” (1987), e realizando uma enorme tournée que passou pela Europa, Estados Unidos e Austrália. “Songs About Fucking” recebeu críticas bem positivas, sendo considerado por muitos, o seu melhor registo e o que definiu o som da banda.
Após o fim dos Big Black, Albini forma os Rapeman (87 – 89), e em 92 os Shellac, que ainda persistem. Também tem trabalhado como produtor com bandas como os Pixies, Nirvana, PJ Harvey, The Wedding Present, Jarvis Cocker, The Breeders, The Jesus Lizard, e entre outros. Foram também um dos principais percursores do rock industrial, e influenciando inúmeras bandas.
Deixo para audição dois temas, “Texas” do EP “Bulldozer”,
e em seguida “Bazooka Joe” do LP “Atomizer”. Boas audições!
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