segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Sparks “Kimono My House”



“When you’ve got a nice ballad, you really gotta try and ruin it.” Russell Mael, 1975.

Kimono My House” foi o terceiro álbum e aquele que teve efectivamente mais impacto na carreira dos norte-americanos Sparks.
Após terem gravado dois álbuns pela Bearsville Records, os irmãos Ron e Russell Mael, mudam de editora assinando pela Island Records em 1973, acabando por ser lançado no ano seguinte “Kimono My House”, nome inspirado na música “Come on-a My House” de Rosemary Clooney. Produzido por Muff Winwood, o álbum nascia num período em que o glam rock dominava em Inglaterra, encaixando-se perfeitamente nesse género actual, num teor mais experimental entre o rock e o electrónico, algo que David Bowie e os Roxy Music já confeccionavam. O disco não teve grande sucesso nos Estados Unidos, ao contrário da Europa  tendo um impacto muito significativo, principalmente no Reino Unido, que rendeu-se às canções bem-humoradas e vanguardistas dos dois irmãos. Para além da música, também a imagem desproporcionada dos dois, causou um grande impacto perante o público. A figura sisuda, juntamente com o bigode à “Hitler” de Ron, e o extravagante e energético Russel, deram também uma sensação muito interessante a toda a essa encenação musical.
This Town Ain't Big Enough For Both Of Us” e “Amateur Hour”, foram os singles que praticamente popularizaram o álbum, chegando a alojar-se no topo das tabelas de vários países da europa. As críticas elogiosas não ficaram apenas nestes dois temas, também os “Thank God It’s Not Christmas” e “Hasta Mañana, Monsieur”, aliciaram imenso o público. Os Sparks antecipam o new-wave e o punk com “Talent is an Asset”, e terminando com “Equator”, com contornos jazzísticos e vocais operísticos, outras das duas músicas a destacar forçosamente.
Kimono My House” foi muito marcante na minha adolescência, tal como foi para Kurt Cobain, sendo um dos seus discos favoritos. Também influenciou inúmeros músicos e bandas, como Morrissey, Franz Ferdinand, Arcade Fire, Cait Brennan, MGMT, e entre outros. Também foi um dos registos selecionado para os "1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer", um livro criado por Robert Dimery, o co-fundador da Revista Rolling Stone.

Sparks “Kimono My House” (Island_1974)

“This Town Ain't Big Enough For Both Of Us” foi o primeiro single responsável para o sucesso deste disco. Eis o vídeo.

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