"Fuckin'
around, is a social disease." John Cooper Clarke
Um
disco em que as palavras evidenciam-se mais do que a música, sentindo-se especialmente
a poesia.
O
britânico John Cooper Clarke apareceu no florescimento do punk, nos finais dos
anos 70. Apaixonado pela poesia e com o movimento punk a começar a ganhar
força, Clarke começou a recitar os seus poemas em alguns clubes de Manchester, aliciando
imenso o público mais focado para a cena punk, pela sua poesia rápida,
inteligente e bem-humorada. Rotulado por “O Poeta Punk”, lança em 1978 o seu
primeiro registo - Disguise in Love
– inaugurando seguidamente alguns espectáculos de bandas como os The Fall, The
Buzzcocks, The Clash, Sex Pistols e Joy Division.
Definitivamente
“Snap, Crackle And Bop” (1980), é o seu álbum mais aplaudido, iluminando e
impulsionando ao punk algo discrepante. Assim como aconteceu com “Disguise in Love”, os The Invisible
Girls voltam a apoiar John Cooper Clarke musicalmente e também na produção, por
Martin Hannett. A música ajusta-se impecavelmente com o desempenho poético, estimulando
Clarke a uma abordagem mais musical, chegando perigosamente perto de cantar em
alguns momentos, como por exemplo em "Conditional Discharge” ou em "Thirty
Six Hours".
O disco presenteia excelentes momentos, tais como "Conditional
Discharge”, “23rd”, "Thirty Six Hours", "The It Man" ou “Evidently
Chickentown", este último um dos maiores clássicos, recitando frases como:
“The bloody drains are bloody fucked”, “stuck in fucking chicken town”.
E
assim John Cooper Clarke conseguiu poetizar o punk.
John Cooper
Clarke “Snap, Crackle And Bop” (CBS_1980)
E é com “Evidently Chickentown", que aqui promovo
este excelente disco.
Sem comentários:
Enviar um comentário