Chaplin
junta-se e casa-se imprudentemente com Mildred Harris, a sua
primeira mulher, no início de julho de 1919, que originou o nascimento de um rapaz
que acabaria por morrer três dias depois. O comediante entra num estado
traumático, devido a todo esse acontecimento repentino. Depois do funeral do
seu filho, começa a pensar na produção de um novo filme, mesmo ressentido
alguma escassez na criatividade. Após algumas audições para encontrar uma
criança de sexo masculino, Jackie Coogan foi o rapaz que conquistou Chaplin por
conseguir imitar e fazer todos os seus gestos. Coogan de apenas quatro anos era
então o seu parceiro no próximo filme, que durou 9 meses a realiza-lo.
Após a separação
com Mildred, Chaplin ruma a Nova Iorque com toda a sua equipa de trabalho, com receio
que a sua ex-mulher lhe rapinasse o filme, que foi depois concluído.
“The
Kid” estreou-se nos cinemas em fevereiro de 1921, que teve um enorme sucesso,
sendo hoje considerado um dos melhores filmes da carreira de Chaplin. Carregado
de emoções foi muito importante criar uma banda sonora adequada para esse efeito.
Chaplin baseou-se na 6a Sinfonia de Tchaikovsky, para ele próprio desenvolver
uma banda sonora que a imagem e a música se contemplassem. O resultado final
foi perfeito, e por isso “The Kid” é hoje um filme de culto!
Ao sair do Hospital de Caridade com o
seu recém-nascido nos braços, uma mulher sem meios para o sustentar, deposita o
bebé dentro de um carro que vê estacionado e foge com o intuito de se suicidar.
Mas o carro é roubado e depois de várias peripécias, um vadio (Charlie
Chaplin), fica com ele. Cinco anos depois, criou-se uma forte relação entre
ambos e a criança ajuda o vadio a conseguir dinheiro em vários trabalhos. Mas a
vida da mãe da criança deu uma volta e esta é agora uma rica cantora de ópera e
tenta por todos os meios reencontrar o seu bebé perdido. Até que um dia, se cruzam na rua…
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