Foi lançada recentemente pelo alemão Reinhard Kleist, a biografia de Johnny Cash em banda desenhada. “Johnny Cash: I See a Darkness” é um excelente trabalho, tendo sido inclusivamente, já premiado. O livro de Kleist ilustra praticamente a vida de Cash desde a sua infância, passando pelo famoso concerto no Folsom Prison, até às últimas sessões de gravação com o produtor americano Rick Rubin.“O meu Pai tinha um disco de Cash e lembro-me de ver uma fotografia dele lá por casa todo vestido de preto e pensei que deveria ser um tipo porreiro.” - afirmou Kleist - “A primeira vez que comecei a ouvir com mais atenção a sua discografia, foi quando saiu o American Recordings. Antes disso, conhecia apenas algumas músicas como "Ring of Fire" e "A Boy Named Sue", e ainda outras que se ouviam na rádio, mas fiquei realmente impressionado, com os álbuns American Recordings, pois eram de uma enorme intensidade.”
Kleist afirmou ainda que o livro surgiu no seio de uma discussão com a editora alemã Carlsen Verlag, sobre representações de música ao vivo em banda desenhada. Deparou-se, posteriorme
nte, com a biografia de Cash, mas antes porém um amigo tinha-lhe facultado o livro da biografia do alemão Franz Beast Dobler - “The Beast in Me” –, não era porém, exactamente, aquilo que procurava. Por conseguinte, foi sobre a vida de Cash que resolveu trabalhar, tendo ficado plenamente satisfeito com a sua escolha.
O autor indicou ainda que foi bastante emocionante ter feito referência ao mítico concerto no Folsom Prison onde se destaca Glen Sherley, pois não este era uma mera uma personagem. O prisioneiro reflecte uma verdadeira preocupação com a liberdade, mostrando não só uma vontade de se libertar da prisão física que o isola, mas do próprio cativeiro que construiu em torno de si mesmo e em relação aos outros - luta que Johnny Cash também travou toda a vida e em que por vezes não foi muito bem sucedido.
nte, com a biografia de Cash, mas antes porém um amigo tinha-lhe facultado o livro da biografia do alemão Franz Beast Dobler - “The Beast in Me” –, não era porém, exactamente, aquilo que procurava. Por conseguinte, foi sobre a vida de Cash que resolveu trabalhar, tendo ficado plenamente satisfeito com a sua escolha.O autor indicou ainda que foi bastante emocionante ter feito referência ao mítico concerto no Folsom Prison onde se destaca Glen Sherley, pois não este era uma mera uma personagem. O prisioneiro reflecte uma verdadeira preocupação com a liberdade, mostrando não só uma vontade de se libertar da prisão física que o isola, mas do próprio cativeiro que construiu em torno de si mesmo e em relação aos outros - luta que Johnny Cash também travou toda a vida e em que por vezes não foi muito bem sucedido.
São assim imagens expressivas e com uma dinâmica cinematográfica, através das quais Kleist narra os altos e baixos do Man in Black, os seus sucessos e os fracassos provocados pelo consumo excessivo de drogas e álcool. Mas é justamente esta complexidade que caracteriza a personalidade de Johnny Cash, pois esta deu-lhe a energia para se insurgir contra a política dos EUA e para lutar pelos direitos dos excluídos.
Este é para mim um dos livros de banda desenhada do ano. Recomendo!

Editora: Self Made Hero, 21.43€
(Podem também encontrar este artigo no marsupial nº 01)
2 comentários:
Belo artigo, sim senhor:)
Quando sai o marsupial nº 01?
Beijinho
Obrigado Manuela :)
Tudo indica que seja para semana, mas depois eu comunico. ;)
BJ
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