O regresso de Marianne Faithfull com o brilhante novo registo “Horses and High Heels” editado durante o inicio deste ano, lembrei-me aqui recordar um dos seus álbuns mais famosos. “Broken English” foi crucial para a carreira de Faithfull, graças à sua mudança de sonoridade e da sua inspiração. Seguindo pelos seus caminhos já explorados do rock, introduziu também o new wave e o punk às suas influências, com o uso liberal dos sintetizadores. O resultado é bastante satisfatório, mesmo não obtendo o merecido reconhecimento na área comercial. Mesmo assim, foi classificado como um dos melhores e dos mais importantes discos da década de 70.
Devido à sua dependência com a droga e a sua vida errática, a sua voz cristalina e frágil tornou-se rouca e fria, por isso em “Broken English”, Faithfull consegue ter uma interpretação muito mais forte, encaixando-se na perfeição para este disco. Destaco essencialmente os temas “Broken English”, "Witches' Song", "The Ballad of Lucy Jordan" (Shel Silverstein), "Why'd Ya Do It?" e por fim, a excelente versão "Working Class Hero" de John Lennon.
Há que também referir a icónica fotografia do disco, que ficou a cargo do britânico Dennis Morris, que deu o nome de – “Addiction never looked so good”. Para quem tiver oportunidade de ir este verão a Londres, visitem a Snap Galleries (8 Arcade Piccadilly), para ver fotos do autor a Marianne Faithfull, até de 31 de Julho.
Marianne Faithfull “Broken English” (Island Records)
Recordo então “Broken English”, o tema que dá o nome ao álbum.
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