“Everyday Timebomb” (1989) e “Hum of Life” (1993), são os dois registos dos Dog Faced Hermans, que mais me deslumbraram. O punk, o noise e o jazz dominam a sonoridade, num ambiente bem alucinante e entusiástico. A guitarra e o baixo intenso, embrulhados com o trompete e o saxofone, fazem deste registo um pouco divergente, para além da poderosa voz e predominante de Marion Coutts. O anarcho-punk ou avant-punk, como são designados, fazem desta banda escocesa pouco convencional, talvez por isso nunca terem alcançado o sucesso merecido. Os Dog Faced Hermans não mostram assim o punk de uma forma simples, os arranjos mais experimentais ou improvisados, numa característica muito usada pelos Captain Beefheart & The Magic Band, transmitem um trabalho bem interessante e inovador.
Logo o tema de abertura, “Jan
Outras músicas também de grande destaque, como “Viva”, “How We Connect”, a instrumental “Love Split With Blood”, num ritmo também bastante agitado, ou num ambiente mais psicadélico de “Wings”, “Hear of Dogs” ou “Peace Warriors”.
Os Dog Faced Hermans são inteiramente um projecto bem positivo, formado no ano de 1986 por Andy Moor, após a saída da banda holandesa The Ex, que resistiu apenas 8 anos, mas que permaneceu uma discografia bem interessante, incluindo este “Hurm of Life”.
Dog Faced Hermans
“Hum of Life” (Konkurrel
Records/A Bomb_1993)
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